quinta-feira, 5 de março de 2009

A Educação Infantil na Universidade
Os alunos do curso de Pedagogia da Unicapital são sujeitos de um processo de formação bastante singular possibilitado pela grade curricular que desde 2001 é organizada com o propósito de formar conjuntamente o professor de Educação Infantil e do Ensino Fundamental. A singularidade dessa experiência deve ser destacada como uma contribuição para a área da Educação Infantil bem como para o novo perfil dos seus profissionais.
Considerando que a Educação Brasileira tem na Constituição de 1988 um marco importante na conquista legal do direito à Educação, é relevante destacar a experiência da Unicapital na formação desses futuros professores que, a partir de uma formação intensa na Educação Infantil, constroem um olhar integrado para a infância de zero a dez anos, no âmbito da Educação Básica, da qual a Educação Infantil passou a fazer parte com as novas determinações da Constituição.
São raros os cursos de Pedagogia que tiveram iniciativa de incluir em sua grade curricular a formação conjunta do professor que é capacitado para atuar tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental. Tal processo de formação tem permitido aos alunos da Unicapital lançar um olhar para a trajetória da criança como um percurso integrado e contínuo.
Este blog é fruto de uma parceria inaugurada com um projeto que desenvolvi em 2008 juntamente com um grupo de alunos do curso de Pedagogia, que resultou na implantação de uma brinquedoteca em um abrigo para crianças de 0 a 6 anos. Ampliamos agora, neste espaço, as reflexões acerca de temas pertinentes à formação do professor de educação infantil, divulgando, debatendo e construindo trajetórias de formação.
Inauguramos este blog destacando nossa trajetória. A característica da grade curricular da Unicapital torna a viagem formativa de vocês, meus caros alunos, única e especial. Agradeço pela oportunidade de partilhar essa experiência com vocês!


Para os meus alunos
A formação como uma Viagem
“A formação que leva cada um a si mesmo e não define antecipadamente o resultado é pensada como uma aventura. E uma aventura é uma viagem no não planejado e não traçado antecipadamente, uma viagem aberta em que pode acontecer qualquer coisa, e na qual não se sabe onde se vai chegar, nem mesmo se vai chegar a algum lugar. E a experiência formativa seria, então, o que acontece numa viagem e que tem a suficiente força como que alguém se volte para si mesmo, para que a viagem seja uma viagem interior.
A formação é uma viagem aberta, uma viagem que não pode estar antecipada, e uma viagem interior, na qual alguém se deixa influenciar a si próprio, se deixa seduzir e solicitar por quem vai ao seu encontro, e na qual a questão é esse próprio alguém, a constituição desse próprio alguém, e a prova e desestabilização e eventual transformação desse próprio alguém.”
Jorge Larrosa.